Um esporte pouco divulgado no Brasil

Um esporte pouco divulgado no Brasil






O Wheeling é uma modalidade que chegou ao Brasil nos anos de 1980, após ter sido trazida da Europa. Na época, era conhecida como “speed wheeling”, um tipo de prova de arrancada que os pilotos vinham com a moto empinada, apoiados em uma roda e em alta velocidade.
Conforme foi passando o tempo, os brasileiros começaram a se aperfeiçoar nesse esporte e a executar manobras em baixa velocidade. Foi então que tiveram início os primeiros campeonatos, que avaliavam a habilidade e a capacidade dos competidores em executar vários tipos de manobras com uma roda.
Nos dias de hoje, todos nós que pilotamos uma motocicleta sabemos o que é empinar, mas poucos têm consciência de que isso é um esporte muito bem reconhecido, principalmente em países europeus.
Muitos de nossos brasileiros vão inclusive tentar a sorte na Espanha, Portugal, Alemanha e Suíça. Nomes como Ac Farias, Dudu, Ronaldo e Odair competem em campeonatos mundiais e representam nossa nação.
Wheeling é uma das modalidades que mais exigem sincronismo do piloto e motocicleta, já que um erro pode causar uma bela queda. “Sou amante do Wheeling desde criança. Na época das bicicletas, eu vivia ralado por ficar empinando”, conta o motociclista conhecido como Gardenawheeling.
“Andava mais de 10 Km para ver grandes ídolos, espelhei-me em muitos deles, como o Ronaldo, Fernando e Alfredão...Eram os caras mais feras da década de 80. Muitos deles largaram o esporte devido ao descaso do reconhecimento da modalidade, mas hoje eu treino por hobby e é muito prazeroso. Trata-se de uma prática que não tem fim, pois sempre existirão manobras novas para aprender”, destaca.
“É bom lembrar da importância do uso de equipamento de segurança no wheeling, praticado sempre em lugar reservado como um estacionamento, uma rua sem saída, de preferência com uma autorização. Se alguma autoridade de trânsito pegar, isso pode ser autuado como direção perigosa”, lembra o praticante.
“A meu ver, wheeling sendo praticado com responsabilidade não oferece risco algum. As manobras são de baixa velocidade, você desafia o seu próprio medo. É muito bom, só você e a máquina, bem menos perigoso do que tirar rachas em vias públicas”, finaliza.